Relato 365

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Relato 365

Emissões

103-1, 103-2, 103-2, 305-1, 305-2

Para a Eternit, o ambiente onde ela atua é uma extensão das próprias operações, e seus colaboradores estão orientados a seguir as políticas de responsabilidade ambiental. É uma questão que permeia todas as instalações da Companhia, também prevista na Política do Sistema Integrado (PSI), haja vista que a proteção e o respeito ao meio ambiente são essenciais para a sustentabilidade dos negócios.

Assim como foi feito na Área de Saúde e Segurança, a Eternit aprimorou suas métricas e padronizou os indicadores de desempenho ambiental, com o objetivo de proporcionar à alta direção uma visão sistêmica e de manter a gestão em um patamar de excelência. Esse monitoramento constante e uniformizado desafia as unidades fabris a superarem suas boas práticas e seus processos seguros, contribuindo para o crescimento de forma sustentável.

Essa preocupação faz parte do jeito de ser da Companhia, inclusive pela natureza de um dos seus segmentos de negócios, que é a mineração – considerada um exemplo internacional em termos de saúde, segurança e respeito ao meio ambiente.
Com controles rígidos e específicos, fundamentados em normas e legislações vigentes, a Companhia não registrou em 2021 nenhuma ocorrência de multa significativa ou sanção não monetária relativa a aspectos de não conformidade ambiental. Tampouco houve, durante o ano, operações com impactos negativos significativos potenciais ou reais nas comunidades locais.

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

As áreas impactadas pela atividade da mineração no país têm a garantia de recuperação, segundo o Programa de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD) do governo brasileiro. A recuperação de áreas adjacentes à SAMA faz parte do escopo de negócio da Companhia. Muito além de atender ao caráter obrigatório condicionante exigido pelo governo, a mineradora antecipa os trabalhos de revegetação de áreas degradadas.

Todo o estéril resultante da lavra é depositado em bancas de deposição próximas à mina. À medida que a exploração da mina avança, inicia-se a recuperação de áreas que não serão mais foco da atividade operacional. Nelas, o estéril é depositado, coberto com solo e tratado quimicamente para garantir riqueza de nutrientes que possibilitem o crescimento da vegetação.

A área em recuperação passa ainda por um processo de drenagem hidráulica a fim de evitar a erosão. Só então são plantadas mudas de plantas nativas e exóticas. Desde 1986, já vêm sendo realizados replantios nas áreas adjacentes à mina, cuja evolução é monitorada anualmente. Algumas das espécies nativas que já tiveram boa adaptação nas áreas recuperadas são: angico, aroeira, embaúba, angico do cerrado, ipê e periquiteira.

Anualmente, não somente as áreas recuperadas no ano anterior são inspecionadas, como o somatório total recuperado é monitorado, a fim de garantir as ações caso constatadas instabilidades/erosões nas bancas.

Biodiversidade

304-1, 304-3

A Eternit mantém quatro reservas florestais preservadas e entende que esta é uma forma de estar conectada com o meio ambiente, nas localidades onde suas unidades operacionais estão inseridas. Em relação às espécies de fauna e flora presentes nas reservas da Companhia, há uma espécie extinta, uma espécie criticamente ameaçada de extinção, duas ameaçadas de extinção e nove vulneráveis.

Reserva de Colombo (PR)
A fábrica de Colombo ocupa 58.377 m² da Área de Preservação Ambiental (APA – unidades de conservação instituídas pelo poder público) do Iraí, que se estende por 115 km², em áreas de cinco municípios. As características do ambiente natural da APA do Iraí justificam esforços permanentes na sua conservação. Localizada ao pé da vertente ocidental da porção paranaense da Serra do Mar, possui nas suas regiões planas a área de transição entre as florestas ombrófila mista – também conhecida como floresta de araucária – e ombrófila densa, abrigando ainda um dos últimos remanescentes de campos de várzea.

Reserva de Simões Filho (BA)
Trata-se de uma das principais áreas de proteção do Recôncavo Norte Baiano, caracterizada pelo clima quente e úmido e pelas belas praias, associadas às dunas com vegetação de restinga. Há ainda manguezais ricos em biodiversidade no estuário do rio Joanes, além de remanescentes de Mata Atlântica e fauna representativa. A área da fábrica possui 801 mil m² de reserva ambiental preservada e 53 mil m² de área construída.

Reserva de Atibaia (SP)
A Tégula Atibaia possui uma área construída de 15.074,87 m2, sobre um terreno cuja área total é de 112.738,24 m2. Da área total, temos a área de preservação permanente (APP), cujo tamanho é de 4.881,05 m2. A APP é composta de aproximadamente 20% de vegetação nativa (goiabeira, jerivá, aroeira, pimenteira, sibipiruna, entre outras), enquanto o restante é composta de vegetação rasteira e capim, sendo classificada como Mata Atlântica.

A APP pertence à bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).O clima é do tipo temperado seco, com temperatura média anual de 19 ºC e umidade do ar de 80%.

Reserva de Minaçu (GO)
A área de concessão da SAMA totaliza 45 km², sendo que aproximadamente 80% dessa área estão sob sua tutela na forma de Reserva Florestal e de Reserva Legal, preservadas e inseridas nas adjacências dos demais 20%, determinados para as atividades da mineradora superficial (a céu aberto), como extração do minério, beneficiamento e pilhas de deposição de estéril e de rejeito. A Reserva Florestal está localizada na Serra de Cana Brava, formada basicamente pela vegetação típica do bioma Cerrado, e faz parte da Bacia Hidrográfica do Alto Tocantins. O clima predominante é o tropical úmido, com duas estações: a época de chuvas de verão, seguida de invernos bastante secos.

Entre as diferentes fisionomias vegetais presentes na Reserva Florestal, se encontram: campos cerrados, cerrado típico, cerradões, floresta estacional, campos rupestres e florestas de galeria. A biodiversidade está protegida por um corredor de vegetação nativa, que possibilita o trânsito dos animais sem que seja necessária a proximidade com os colaboradores.

Esse corredor natural margeia as cavas, onde acontecem as atividades de extração, com a movimentação constante dos caminhões e máquinas auxiliares.

Habitats protegidos e restaurados

Dentre as empresas da Companhia, apenas a SAMA – devido às atividades inerentes à mineração – pode causar impactos significativos diretos e indiretos à biodiversidade, mas que são criteriosamente monitorados pelo Sistema de Gestão da Empresa, por meio do Comitê de Meio Ambiente em conjunto com a Área de Extração, Planejamento de Lavra e Programas Sociais e Sustentabilidade. Ambos são responsáveis por acompanhar qualquer alteração nas operações que possa afetar a fauna e a flora.

IMPACTOS DIRETOS

IMPACTOS INDIRETOS

IMPACTOS DIRETOS

• Supressão da vegetação para o avanço das cava
• Perda de exemplares da flora
• Fuga de indivíduos da fauna
• Movimentação de máquinas e caminhões
• Emissão de gases atmosféricos

IMPACTOS INDIRETOS

• Vibração e ruídos causados pela perfuração e detonação das rochas
• Movimentação de máquinas e caminhões
• Emissão de gases atmosféricos

Ações de proteção à biodiversidade
Em 2021, foram realizadas as seguintes ações para controle e mitigação dos impactos das atividades das empresas do Grupo Eternit na biodiversidade:

• Contratação de empresa especializada para elaboração e planejamento da área onde ocorrerá a supressão da vegetação.

• Autorização e licença dos órgãos ambientais.

• Monitoramento da qualidade do ar, de ruídos e dos corpos d’água – dentro e fora da empresa.

• Confecção de cascatas entre os taludes para drenagem e diminuição da velocidade da água.

• Revegetação das bancas ou taludes.

• Resgate de animais e encaminhamento para a Reserva Florestal.

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